A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas (CAIC), alerta a população para a importância do diagnóstico precoce e o tratamento da hanseníase.
A Hanseníase é uma doença transmissível que acomete principalmente a pele e os nervos periféricos. Pode atingir rosto, olhos, orelhas, nariz, braços, mãos, pernas e pés. Demora de 2 a 7 anos, em geral, o aparecimento dos primeiros sintomas. A Hanseníase pode causar deformidades físicas.
A doença é transmitida por meio das vias respiratórias superiores (tosse, espirro). A transmissão ocorre por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. A hanseníase não passa por abraço, aperto de mão ou carinho. Em casa ou no trabalho, não é necessário separar as roupas, os pratos, os talheres e os copos.
Segundo a enfermeira Isabella Gerin de Oliveira, coordenadora do Centro de Atendimento de Infecções Crônicas, muita gente ainda não procura tratamento. “Um dos sintomas da hanseníase, são manchas dormentes pelo corpo. Como não dói, a pessoa não procura atendimento”, explica a enfermeira.
Isabella alerta, ainda, para os sinais da doença. “Fique atento se uma ou mais manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com diminuição ou perda da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. Caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. Áreas com diminuição dos pelos e do suor. Engrossamento do nervo que passa no cotovelo, levando à perda da sensibilidade ou diminuição da força do 5º dedo. Cortar-se ou queimar-se sem sentir dor. Ao primeiro sintoma a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima da sua residência para investigação da sensibilidade e se confirmada a suspeita, o paciente será encaminhado para o CAIC para a elucidação diagnóstica e tratamento”.
O tratamento da hanseníase é feito por via oral, com a PQT (poliquimioterapia), que é um coquetel de antibióticos. O paciente deve tomar uma dose mensal na Unidade de Saúde (dose supervisionada) e as demais doses autoadministradas (pelo paciente em sua moradia), adotando, ao mesmo tempo, cuidados com olhos, mãos e pés para prevenção de incapacidades. A PQT é uma combinação de medicamentos seguros e eficazes. O esquema de tratamento depende da classificação da doença – paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB). O tratamento PB é realizado com 6 doses em até 9 meses; e o MB, com 12 doses em até 18 meses.
Atualmente 10 pessoas recebem tratamento em São Carlos, sendo 9 pacientes em tratamento MB (forma mais avançado da doença) e 1 paciente PB (forma inicial).
O Centro de Infecções Crônicas Ana Cláudia Lucato Cianflone está localizado na rua Sete de Setembro, nº 2277, entre as ruas Dom Pedro II e São Joaquim, no centro. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (16) 3419-8240.
