Cerca de 40% da população adulta brasileira, o equivalente a 57,4 milhões de pessoas, possui pelo menos uma doença crônica não transmissível, segundo dados inéditos da PNS (Pesquisa Nacional de Saúde).
O levantamento, realizado pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), revela que essas enfermidades atingem, principalmente, o sexo feminino (44,5%) - são 34,4 milhões de mulheres e 23 milhões de homens (33,4%) portadores de enfermidades crônicas.
Em São Paulo, mais de 42% da população adulta, o equivalente a 14 milhões de pessoas, possui pelo menos uma das 11 doenças crônicas não transmissíveis listadas no levantamento - câncer, depressão, colesterol alto, diabetes, hipertensão, problemas cardiovasculares, acidente vascular cerebral, asma, insuficiência renal, problemas de coluna e problemas ostemoleculares.
Os pesquisadores entrevistaram 62 mil adultos em 1,6 mil municípios, entre agosto de 2014 e fevereiro de 2014. A PNS estimou que o Brasil tem 31,3 milhões de hipertensos (21,4% do total), 27 milhões com problemas na coluna (18,5%) e 2,2 milhões de pessoas que já sofreram um AVC (Acidente Vascular Cerebral). Parte da população (12,5%) foi diagnosticada com colesterol alto, enquanto 6,2% têm diabetes e 4,2% apresentam alguma doença cardiovascular.
A pesquisa revelou que a hipertensão atinge 7,6 milhões de pessoas acima de 18 anos em São Paulo, o que corresponde a 23% da população. A doença aparece mais do sexo feminino, com prevalência em 24,8% das mulheres e 20,8% dos homens. Já o diabetes atinge 2,5 milhões de paulistas - o que corresponde a 7,7% da população adulta local.
As doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por mais de 72% das causas de mortes no Brasil. Muitas estão associadas a fatores de risco como tabagismo, consumo abusivo de álcool, excesso de peso, baixo consumo de frutas e verduras e sedentarismo.