Assim como a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa os patrões, apoiou os atos a favor do impeachment, aqui em São Carlos não poderia ser diferente. Além de representantes dos empresários convocarem os trabalhadores pessoalmente, também utilizaram as redes sociais e até rádio da cidade. A questão é por que todo esse empenho em levar os trabalhadores para o protesto?
O próprio presidente do CIESP São Carlos e também diretor da Prominas, Ubiraci Moreno Pires Correa disse numa rádio local que está sim investindo recursos próprios para a apoiar um dos movimentos que organizaram a manifestação aqui na cidade.
Com todo o respeito companheirada, não há decisão democrática baseada num protesto de pouco mais de 1 milhão de pessoas em São Paulo (números da Globo) contra uma presidente que foi eleita pela vontade de outros 54 milhões.
Se as ações desse governo não estão agradando e nós trabalhadores sabemos muito bem que não, pois quem sofre mesmo é a gente, nosso dever como cidadãos é ir para as ruas, mas com pautas, com propostas, como sempre fizemos. Foi assim que garantimos direitos, avanços, e até os incentivos fiscais para beneficiar as empresas e consequentemente, garantir nossos empregos.
Ir às ruas combater corrupção, sem proposta, é golpe. O discurso patronal contra a corrupção é vazio. Se a corrupção existe, e sabemos que não é de hoje, é porque há um corrupto e um corruptor. E quem seriam eles? Um exemplo simples, a grande mídia, no caso a Globo, é uma das maiores sonegadoras de imposto do Brasil e se acha no direito de dar informações de forma tendenciosa, e até mesmo julgar. Isso é imprensa imparcial e democrática?
Se houver culpa, crime e corrupção, que todos sejam investigados e punidos, mas garantindo ao acusado(a) a prerrogativa de não ser considerado culpado até que a sentença penal condenatória seja enfim julgada. Isso é democracia.