O Hospital Universitário da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) Prof. Dr. Horácio Carlos Panepucci assinou no último dia 28 de janeiro acordo de cooperação com a Central de Penas e Medidas Alternativas (CPMA) da Secretaria de Administração Penitenciária do Estado de São Paulo, instituição responsável pelo acompanhamento do Programa de Prestação de Serviço à Comunidade.
O objetivo da parceria é oferecer postos de trabalho para que os apenados por infrações de baixo potencial ofensivo possam cumprir suas sentenças realizando atividades laborais no âmbito do Hospital Universitário.
"A reintegração de infratores por meio de prestação de serviços à sociedade vem ao encontro das ações que o Hospital Universitário da UFSCar pode e deve oferecer em contribuição para a melhoria social", afirmou Gilberto Taboga, gerente Administrativo do Hospital. Penas e medidas alternativas possuem caráter educativo, no qual o autor é punido pelos seus atos, mas não é excluído do convívio social e familiar e nem exposto ao sistema penitenciário, além de resgatar a valorização das potencialidades, aptidões e autoestima.
Para a psicóloga Juliana Cristina Catto, técnica responsável pela Central de Penas e Medidas Alternativas da unidade de São Carlos, a parceria com o Hospital Universitário é importante para a CPMA e para toda a população, pois o Hospital compreende o caráter social e educativo da pena, oferecendo não apenas a oportunidade do cumprimento da sentença, mas de uma transformação pessoal a partir da reintegração social.
Atualmente, a CPMA de São Carlos está acompanhando 181 casos de Prestação de Serviços Comunitários em São Carlos. Juliana explica que, através do encaminhamento do Judiciário, o apenado será recebido pela Equipe Técnica da Central de Penas, composta por psicólogos e estagiários de Psicologia e Direito. A partir de uma entrevista psicossocial, será levantado o seu perfil para avaliação e enquadramento nas vagas disponíveis e designadas pelo Hospital, que o receberá para aprovação e início do cumprimento da pena.
"Em breve o Hospital Universitário poderá receber indivíduos que poderão trabalhar nas mais diversas áreas de apoio, logística, administração e manutenção da unidade e, portanto, cabe à nossa equipe direcioná-los às atribuições que lhes foram designadas, mantendo-os integrados e recebendo tratamento respeitoso e de atenção a que todos temos direito", concluiu Taboga.