Depois de cinco meses de difíceis negociações, a Campanha Salarial 2014 ainda não foi concluída porque alguns patrões insistem em não repassar aos trabalhadores o reajuste referente a data-base da categoria, que é 1º de setembro.

Com o impasse nas negociações entre a FEM-CUT/SP e as bancadas patronais em São Paulo, mobilizações por todo o Estado continuam sendo realizadas e os Sindicatos partiram para as negociações individuais, por empresa.

Em São Carlos, os dirigentes do Sindicato realizaram inúmeras plenárias e assembleias com os trabalhadores, que pressionaram os patrões por meio de demonstração de unidade, protestos, greve. Sendo assim, o número de fábricas que aderiram ao reajuste reivindicado e aprovado em assembleia pela categoria, chegou a 222 empresas até agora, com reajuste mínimo de 8,35% (aumento real de 1,89% + inflação 6,5%). É importante destacar que 80% desses acordos chegaram a 8,5% de reajuste salarial, ou seja, aumento real de 2,02%.

Na avaliação do presidente do Sindicato, Erick Silva, os patrões tiveram que se submeter à pressão dos trabalhadores. “É importante ressaltar que os resultados alcançados e os méritos destes acordos se devem a mobilização da categoria, pois somente com a participação de todos é que poderemos barrar a intransigência dos patrões”, destacou.

Sindicato prepara "visita" às fábricas que ainda não fecharam acordo

As fábricas que ainda não fecharam o acordo devem se preparar para receber a "visita" dos dirigentes do Sindicato nos próximos dias.

As dificuldades encontradas nas negociações com as bancadas patronais serão superadas pela mobilização e pelo esforço no chão de fábrica, portanto estaremos cobrando os patrões, mas também a participação dos trabalhadores na luta pelo reajuste.