No último sábado (29), a UNICEP realizou o tradicional Júri Simulado, atraindo a atenção da comunidade acadêmica. Em equipe, os alunos do curso de direito trabalharam por várias semanas, para desempenharem o papel das diversas partes que compõem um processo como esse.
De acordo com Giuliano Leal, docente do curso e responsável pela organização do júri, essa atividade acadêmica é muito importante. Embora seja uma atividade simulada, os alunos efetivamente atuam como Advogados, Promotores, Juízes, Jurados, Testemunhas, Oficiais de Justiça e Escreventes: “É uma simulação da realidade para que eles possam ter noção do que vão enfrentar quando saírem da faculdade”.
Segundo André Serotini, docente do curso e coordenador de ações estratégicas da UNICEP, a Direção e a Mantenedora apoiam esse tipo de atividade que visa trazer sempre uma oportunidade de desenvolvimento acadêmico e profissional aos alunos. “É um momento ímpar, em que os alunos estão empenhados em montar suas teses de defesa e acusação. Mais do que uma simulação, é um instrumento metodológico do curso, é um role play, em que os participantes realmente vestem a personagem, montam os seus argumentos, e isso é sempre muito produtivo para o seu amadurecimento.”, afirmou André.
O júri simulado é uma tradição do curso de direito da UNICEP. “Pelo menos uma vez por ano, fazer uma atividade desse tipo faz com que os alunos trabalhem em conjunto. É sempre muito proveitoso, tanto para os nossos alunos, quanto para o corpo docente, pois todas as partes desse processo são preenchidas por alunos, desde o primeiro até o ultimo ano.”. A atividade é aberta à comunidade em geral.
“Não podemos deixar de agradecer o empenho do professor Giuliano Leal, que leva essa ideia adiante e mobiliza os alunos, realmente o professor está de parabéns. Assim como a professora Cláudia Pozzi, coordenadora do curso, que também apoia essa ideia.”, concluiu.
Camila Marques dos Santos, aluna do 8° período de Direito, atuou como ré na atividade. “Na vida real eu espero nunca estar no papel de ré, posso estar no lugar dos jurados, do juiz, mas nunca quero passar pelo de ré, por isso aceitei esse papel de mentirinha”, brincou a aluna.
“É muito interessante o fato de todos terem direito à defesa, mesmo que tenha cometido um crime bárbaro, é constitucional na verdade. Poder participar de uma atividade como essa, permite uma maior integração entre os alunos, o pessoal que está começando e o que está saindo. E ter a oportunidade de conhecer, ver de perto, saber como funciona, quais são as regras do tribunal do júri, é muito importante.”, garantiu a Camila.
Grazieli Pereira de Oliveira, aluna do 10° período, atuou no papel de juíza e finaliza o curso podendo vivenciar hoje, o que pretende seguir futuramente. “Essa atividade é importante pela interação de tudo que a gente aprendeu, nas disciplinas de Direito Penal e do Processo Penal, e principalmente, relacionado à questão do júri que é algo tão singular na carreira acadêmica de direito. Às vezes, nós vamos ao tribunal do júri presenciar, mas não temos ideia do que acontece nos bastidores e tudo que precisa ser feito para que esse momento aconteça. É claro, que lá, são profissionais já gabaritados, juízes de verdade, e aqui, nós estamos interpretando esses papeis.”, explicou a aluna.
“Como alunos, precisamos entender o todo, no caso eu que estou representando neste ato uma juíza, também tive que me inteirar de todas as partes do processo que aconteceram até chegar nesse momento. Temos que ler relatórios de acusação, de defesa, seguir e estudar todo o rito que é necessário, para que haja o tribunal do júri. Outro fato muito importante, é a confiança que o professor deposita em nós, alunos, para desempenharmos esse papel e todo o apoio que ele nos deu durante esse processo. Aqui, por mais que tenha sido estudado, há o nervosismo e, também, algumas falhas durante a apresentação da simulação, mas é tudo uma questão que faz parte do nosso aprendizado pra finalizar o curso. O mais importante é conseguir no final, realizar a interpretação de um fato que, provavelmente, fará parte da nossa vida profissional lá fora.”, confirmou.
Grazieli começou o curso com a ideia de fazer um concurso para magistratura: “No decorrer do curso, eu me vi tentada a seguir por outro caminho, e será o que eu seguirei. É necessário que eu advogue por um período, porque é a exigência feita para que se possa prestar um concurso para a magistratura. Eu já escolhi atuar na área de Direito Tributário, mas com o intuito de participar de um concurso“, contou a futura Juíza.