O Parque Ecológico de São Carlos pelo terceiro ano consecutivo recebe o Certificado de Excelência TripAdvisor®. Além de oferecer um local turístico de lazer contemplativo e educação ambiental, o Parque apoia e participa de vários programas de conservação e reprodução em cativeiro de diversas espécies de animais silvestres ameaçadas de extinção. Um dos programas é o de reprodução do Mico Leão Preto (Leontopithecus chrysopygus), uma das espécies de primatas mais raras e ameaçadas do mundo.
Parente do Mico Leão Dourado, porém com densa pelagem negra e parte inferior do seu corpo marrom esverdeado, chega e medir entre 20 a 33 cm (cauda pode medir cerca de 40 cm) e pesa cerca de 700g. São animais muito sociáveis e diurnos e convivem a maior parte do tempo com seu grupo familiar. Endêmico da Mata Atlântica do interior do estado de São Paulo, já foi considerado extinto da natureza por muitos anos e, ainda hoje, sua situação é grave visto que a espécie era listada na Red Data Book (União Internacional para Conservação da Natureza - UICN) como criticamente ameaçada de extinção.
Devido aos esforços de projetos de conservação, encontra-se atualmente apenas em nove localidades do estado de São Paulo, sendo o Parque Estadual Morro do Diabo a única em que é possível ter uma população viável em longo prazo. A maior ameaça à conservação do Mico Leão Preto é a fragmentação das florestas, que ocasiona o isolamento e o declínio das populações restantes e a consequente degradação do seu habitat.
Em agosto deste ano, o Parque Ecológico de São Carlos recebeu por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Primatas Brasileiros – MMA/ICMBio, as recomendações enviadas pelo mantenedor do livro de registros genealógicos (Studbook keeper), Dominic Wornell (Durrell Wildlife Conservation Trust) e pela Coordenadora para Manejo da Espécie em Cativeiro no Brasil, Mara Marques, para movimentação de indivíduos de Mico Leão Preto entre instituições brasileiras e europeias, que visam incrementar a viabilidade da população cativa, associada à estratégia para conservação da mesma, conforme diretrizes do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central.
Sendo assim, no último dia 20 de outubro, o Parque Ecológico de São Carlos transferiu para a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, um casal da espécie. “O casal enviado ao CECFAU (Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo), em Araçoiaba da Serra/SP, que está vinculado a Fundação Parque Zoológico de São Paulo, irá formar dois novos casais para reprodução e aumento da diversidade genética da população em cativeiro, visando futuros projetos de reintrodução. A função primordial das recomendações de cruzamento do Studbook é manter uma população geneticamente viável, evitando cruzamentos indesejáveis, entre parentes, por exemplo, preservando assim a espécie para as futuras gerações”, explicou o biólogo do Parque Ecológico, Francisco Rogério Paschoal.
O Parque Ecológico de São Carlos permanece aberto para visitação pública de terça-feira a domingo das 8h às 16h30, com entrada gratuita, a direção aproveita a oportunidade para informar a população que os exemplares de Mico Leão Dourado, Mico Leão Preto, Mico Leão de Cara Dourada e Sagui de Cara Branca, não estarão em exposição, pois, aproveitando estas movimentações, os recintos passarão por reformas e modernização, para em seguida receber novamente os animais em um ambiente projetado segundo as mais modernas concepções de manutenção “ex situ” que visam o bem estar dos animais. Informações: pesc@pesc.org.br ou 16-3361-4456.