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Pesquisas desenvolvidas na UFSCar abordam fragilidade em idosos

UFSCar
2 de Julho de 2016

Atualmente, a fragilidade é uma condição altamente prevalente em idosos, representando um problema de saúde pública. Essa fragilidade pode ser medida por aspectos como a perda de peso não-intencional, exaustão ou fadiga, diminuição da velocidade do caminhar, diminuição da força das mãos e baixo nível de atividade física. Idosos com problemas cognitivos e sintomas depressivos também podem ser considerados frágeis. E ainda, fatores sociais podem ser determinantes para essa situação de maior instabilidade, ou seja, indivíduos que vivem em contextos de maior vulnerabilidade social, com piores condições financeiras, menor nível de escolaridade, e menos acesso a serviços de saúde e com falta de suporte social, tendem a apresentar uma condição de saúde mais fragilizada. Sendo assim, idosos que apresentam três ou mais dessas características podem ser considerados como frágeis.

Com o objetivo de analisar e encontrar meios que possam colaborar para uma melhor qualidade de vida dessa população, a professora Marisa Zazzetta, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar, tem orientado pesquisas nos últimos anos nesse sentido. Ela explica que nem todo idoso é ou será frágil, principalmente hoje em dia, quando os idosos são muito mais ativos. “Existem processos de envelhecimento que não estão acoplados à fragilidade. Para isso temos que investir e trabalhar em pesquisas e políticas públicas para evitar essa fraqueza”, explica Marisa. A professora esclarece que com determinadas intervenções a fragilidade em idosos pode ser revertida. “Já há estudos, principalmente com a população brasileira, que se o idoso está num estágio pré-frágil, ou seja, com alguns indicadores de que ele venha a ter fragilidades, isso pode ser revertido”, ressalta a docente.

Como não há serviços padronizados ao alcance de todos que necessitam, Mariza Zazzetta conta que o principal meio de apoio ainda acaba sendo a própria família, que é quem está mais próxima. Porém, como as características de cuidado avançam cada vez mais em termos de complexidade e como as famílias não estão preparadas para isso, seria fundamental que todos os idosos frágeis tivessem ao seu alcance algum tipo de suporte, como orientação específica, o que na maioria das vezes não acaba acontecendo. “Em termos de política pública é nesse sentido que precisamos apontar", afirma a professora.

Segundo Mariza, quanto às políticas públicas há a necessidade de preparar e implementar serviços que já constam na legislação, mas que não são acessíveis para todos que necessitam. Um desses serviços, por exemplo, é o Centro Dia. Trata-se de um modelo de programa presente no mundo todo, e mais recentemente no Brasil, que oferece acolhimento, proteção e convivência de idosos semidependentes. A prioridade do atendimento é para idosos cujas famílias não têm condições de dar atenção e cuidado durante o dia, pois precisam trabalhar. Ao final da tarde, o idoso volta para sua casa, visando que ele não perca os vínculos familiares.

Ligados às Secretarias de Assistências Sociais quando pertencente ao serviço público, os espaços contam com uma equipe multidisciplinar, entre agentes sociais, psicóloga, fisioterapeuta, enfermeira e nutricionista, dentre outros. As atividades executadas têm a finalidade de promover a autonomia, a inclusão social e a melhoria da qualidade de vidas das pessoas participantes e a ação da equipe é sempre pautada no reconhecimento do potencial da família e do cuidador, na aceitação e valorização da diversidade e na redução da sobrecarga do cuidador, decorrente da prestação de cuidados diários prolongados.

O acesso ao Centro Dia do Idoso ocorre por meio de procura espontânea do próprio idoso ou de sua família no local de funcionamento do serviço, ou por encaminhamento da rede socioassistencial ao Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Sistema de Garantia de Direitos e ainda por demanda de outras políticas públicas que atendam idosos em situação de vulnerabilidade ou risco social.

Uma pesquisa de iniciação científica desenvolvida na UFSCar buscou analisar quais famílias cadastradas no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de São Carlos, localizados em regiões de alta vulnerabilidade social, tinham idosos com necessidade de cuidados, o nível de fragilidade deles, quais eram suas principais carências, como eram as estruturas familiares dessas pessoas, além de observar qual era a sobrecarga dos cuidadores responsáveis.

O estudo apontou que a maioria das pessoas entrevistadas apresentaram necessidade de utilizar os serviços prestados por um Centro Dia, por exemplo. Porém, a pesquisa também mostrou que a maioria dos idosos utilizam apenas equipamentos de saúde para seus cuidados, como Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família, que são serviços que tratam principalmente da saúde e não de questões relacionadas à assistência social. A professora Mariza explica que idosos considerados frágeis que não têm o cuidado necessário acabam ficando ainda mais frágeis. “O idoso precisa de atendimento em rede, equipamentos de saúde com equipamentos de assistência, ou seja, uma diversidade de serviços de atenção”, defende a docente.

A professora Mariza Zazzetta conta que muitas vezes esse serviço é encontrado no Brasil acoplado a Instituições de Longa Permanência. A docente complementa afirmando que essas Instituições são alvo de muitos preconceitos. “Em termos de cuidados, quem cuida de uma pessoa ou é a família ou são profissionais das Instituições de Longa Permanência. Não há locais intermediários suficientes para atender essa demanda, como Centros Dia ou cuidadores profissionais, ao alcance de todos que necessitam”. Para Mariza, as Instituições de Longa Permanência têm seus benefícios e são necessárias para determinadas situações, pois em certos momentos as famílias não têm mais condições de cuidar dos idosos, que necessitam de extrema atenção durante o dia todo. “Buscar Instituições de Longa Permanência para idosos não é sinônimo de abandono se a família se fizer presente”.

Segundo Mariza, passar a viver em Instituições de Longa Permanência é complexo, pois a pessoa passa a viver em um ambiente com regras, que não é sua casa, além de não ter escolhido estar lá e passar a conviver com pessoas com personalidades e necessidades diferentes da sua, que também não foram de sua escolha. Ainda falando sobre Instituições de Longa Permanência, Mariza destaca que esses locais precisam ser qualificados para o cuidado com o idoso. “Os profissionais precisam entender o comportamento dessas pessoas. Da mesma forma que há a necessidade de instrumentalizar o cuidador familiar, os cuidadores que trabalham de forma profissional, seja em domicílio ou em Instituições de Longa Permanência, também precisam de orientação.”

Em casos de uma maior necessidade os idosos acabam sendo hospitalizados, e apesar de nesses casos terem um cuidado maior, muitas pessoas acabam se tornando mais frágeis por isso. Uma outra pesquisa realizada no DGero da UFSCar indicou que há uma série de impactos que a hospitalização pode trazer, relacionados a abalos na saúde, sociais, financeiros, e também para a família. A professora Mariza explica que dentro dos impactos no âmbito físico, por exemplo, há uma série de fatores que devem ser considerados, pois o idoso se torna mais fragilizado quando está no hospital. “Diminui água corporal, o indivíduo é mais vulnerável à desidratação, existe a ocorrência de doenças que se originam do tratamento de outras doenças, a falta de mobilidade por estar acamado, a perda de força muscular, com cerca de 5% de perda muscular por dia, enfim, há vários impactos no organismo e emocionalmente também”, explica Marizza.

Por outro lado, outra pesquisa desenvolvida no DGero mostra que o significado da hospitalização para o idoso, principalmente para a população mais vulnerável, muitas vezes pode ser positivo. Em entrevistas, idosos hospitalizados em São Carlos responderam questões relacionadas a como é dividir o quarto do hospital com outras pessoas, como é o atendimento, como será quando receber alta hospitalar, como foi quando chegou àquele local, dentre outras. Muitas das pessoas entrevistas indicaram como fator positivo, por exemplo, o alto número de refeições oferecidas diariamente, sendo que elas não têm condições de comer essa quantidade quando estão em suas casas. Também foi citado o fato de serem cuidadas com gentileza, terem colegas de quarto para conversar e mesmo o fato de ter uma cama com colchão, lençol e cobertor para deitar. Houve idosos que relataram “Aqui parece um hotel! Fiquei admirada”, se referindo ao hospital público. Outros também disseram “Eu adoro! Eu gosto muito daqui”. A professora Mariza ressalta, que mesmo sem generalizar, essa situação impactante se repete em vários hospitais, pois comparado às condições familiares, sociais e econômicas que eles têm no seu dia a dia, o hospital público é um lugar muito melhor que as próprias casas deles.

Tendo em vista esta realidade, a professora Marisa Zazzetta conclui afirmado que o envelhecimento não pode ser visto apenas de uma perspectiva, já que trata-se de um aspecto heterogêneo e multidimensional. “Há diversas formas de viver a velhice e nem todos vão viver a velhice da mesma forma. Por isso, seja em qual local for não podemos perder essa visão ampla da questão. Quando se trabalha com idosos, as políticas públicas deveriam envolver áreas sociais, econômicas, familiares, psicológicas e emocionais. Quando não se envolve todas essas questões, acabamos deixando de lado aspectos essenciais para a qualidade de vida, e também, para a dignidade dos idosos. Nós devemos nos preparar para conviver com o fenômeno do envelhecimento. Por isso, a formação do gerontólogo, que é um multiprofissional se torna cada vez mais importante. O Brasil deve se preparar muito neste sentido”.


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