Produção cooperada, autogestão e consumo solidário, estarão reunidos na Feira Permanente de Economia Solidária, que terá início dia 23 de novembro, na Praça XV de Novembro. A Feira será realizada semanalmente (aos domingos), no horário das 16h00, às 22h00, com 80 barracas divididas em oito Empreendimentos Econômicos Solidários - EES (Aartescar, Acasc, Amei, Amor e Arte, Magia do Artesanato, Recrearte, Tasca e Uniarte).

A realização da Feira Permanente foi possível, através do Decreto nº 95, de 11 de abril de 2014, assinado pelo prefeito Paulo Altomani, permitindo o uso da Praça XV, por período indeterminado. No local haverá a exposição e comercialização de artesanatos, alimentação, prestação de serviços e playground para as crianças, tudo dentro dos princípios da Economia Solidária. “As Feiras Permanentes de Ecosol são espaços de exposição e comercialização dos produtos dos Empreendimentos Econômicos Solidários, além disso, é um espaço de trocas solidárias, de rodada de negócios, de apresentações culturais e artísticas, de informação e formação política em economia solidária, articulação de cadeias produtivas, bem como divulgação e estímulo do consumo ético, justo e solidário”, disse o diretor do Departamento de Apoio a Economia Solidária, Mário Luiz Paulino.

Nesta perspectiva, a criação de uma Feira Permanente de Ecosol contínua e consolidada se faz relevante para a divulgação e comercialização dos “produtos solidários”, bem como para a consolidação de redes de comércio e trocas solidárias. “As Feiras podem potencializar o posterior sucesso dos Empreendimentos Econômicos Solidários, ajudando a divulgar os produtos comercializados, através do marketing solidário. Por isso agradeço imensamente a iniciativa do prefeito Altomani, que está sempre empenhado em auxiliar e apoiar a classe trabalhadora” salientou o secretário de Trabalho, Emprego e Renda, Hilário Apolinário de Oliveira.

A Economia Solidária (Ecosol)

A ação configura-se em um movimento recente, com início a partir dos anos 90 no Brasil, que surge principalmente no enfrentamento de situações inerentes ao capitalismo como o desemprego e pobreza. Nesta perspectiva, emergem ações autônomas, oriundas em grande parte dos segmentos mais empobrecidos da população, inspiradas em princípios de cooperação, solidariedade econômica e autogestão. Princípios praticados na perspectiva de geração e distribuição mais igualitária da renda, que diferem do propósito de maximização do lucro. Embora a evolução da ecosol seja inegável nos dias atuais, fato é a existência de diversos gargalos e dificuldades enfrentados no movimento. A consistência entre produto e sua comercialização, mesmo que não para a maximização do lucro, é imprescindível para os Empreendimentos Econômicos Solidários e se constitui numa das maiores dificuldades na Ecosol. O movimento é um meio é criar possibilidades de divulgação dos produtos solidários tornando uma missão que objetiva a comercialização e propicia interações de negócios para constituir uma base clientela e fornecedores.