Moradores de rua são o foco do trabalho desenvolvido peloCentro de Referência para População em Situação de Rua, o Centro POP, através da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social.
Segundo dados da unidade, neste último ano 14 moradores em situação de rua, voltaram para suas casas, após serem acolhidas.“Vamos diariamente até os locais onde estão os moradores para apresentar os nossos serviços. A maioria já conhece e utiliza o espaço para alimentação, lavar as roupas e participar das inúmeras atividades desenvolvidas. Já vimos resultados positivos, por exemplo, na Estação e Praça dos Pombos, onde havia um grande número de moradores, e que hoje esta diminuindo, por conta do acesso dos morados aos serviços do Centro POP”, disse Juliana Favaro Costa, chefe de Divisão de Políticas e Atendimento à População em Situação de Rua.
Com base nas ações o Centro apela para que a população não alimente os moradores de rua. “No bairro da Vila Nery, por exemplo, a própria população oferta bebidas, inclusive, numa abordagem feita no bairro, observamos um galão de 5 litros de pinga que os moradores deixaram para eles”, enfatizou. Ela também reforça que dar dinheiro também é um problema enfrentado. “Na região do cemitério Nossa Senhora do Carmo, há várias redes de supermercado. As pessoas saem com as compras e dão alimentos e dinheiro. Já ouvimos relatos deles conseguirem no farol do Cemitério, 40 reais por dia”, completou.
A medida de não alimentar ou oferecer dinheiro é uma forma dos moradores de rua procurem os serviços oferecidos pelo Centro POP. “Se não alimentar ou dar dinheiro, eles vão entender que não podem mais continuar ali, onde encontram tudo o que necessitam. Além disso, eles estarem no Centro POP, ajuda no uso menos intensivo do álcool ou das drogas, porque eles estarão envolvidos nas atividades”, afirmou.
Em parceria com a Secretaria da Saúde, através do Caps (Centro de Atenção Psicossocial), com a Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda, por meio do Time do Emprego, com o Fundo Social de Solidariedade “Amai-vos”, com cursos profissionalizantes e que em 2014 formou sete usuários e com a Secretaria de educação, o Centro POP se empenha em ressocializar o maior número de moradores possíveis. “Estamos trabalhando todos juntos para que essas pessoas retornem para a sociedade. Eles têm direito de ir e vir, nada impede que morem nesses locais, mas é importante que a população saiba que fazemos a abordagem e oferecemos a ajuda necessária”, concluiu Juliana.
Nesta sexta-feira (16), os moradores em situação de rua serão submetidos a testes rápidos de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis), no Centro POP, numa parceria com a Secretaria de Saúde.
