Um relatório técnico de vistoria, elaborado por engenheiros da Secretaria Municipal de Obras Públicas da Prefeitura, constatou que os imóveis abandonados localizados na Rua 7 de setembro devem ser demolidos.
O documento foi enviado esta semana ao presidente da Câmara, vereador Marquinho Amaral, parlamentar que tem buscado solucionar o caso. No dia 26 de junho o vereador também convocou uma audiência pública para discutir o problema desses imóveis, situados nos números 2145, 2147, 2151 e 2171 da referida rua.
De acordo com o relatório, a vistoria foi realizada no dia 1º de agosto, no período da manhã, e o objetivo foi apontar e ilustrar a situação da edificação, considerando suas condições de conservação das estruturas.
O documento foi assinado pelos engenheiros Samuel Fernandes (chefe de Divisão de Manutenção de Próprios da Secretaria de Obras) e Márcio Luís de Barros Marino (secretário Municipal de Obras Públicas).
Após a avaliação de diversos itens da construção foi constatado que o imóvel está em “mau estado de conservação e necessita ser demolida a fachada, evitando assim o risco de quaisquer acidentes e fatalidades”.
Segundo Marquinho, visivelmente o local oferece riscos a pedestres e motoristas que se utilizam da Rua 7 de Setembro. “A Câmara não tem medido esforços para ajudar a solucionar este problema: avaliando seu perigo, porém sem esquecer tratar-se de um prédio de interesse histórico. A primeira ação foi interditar a área, mas aguardávamos um laudo definitivo”, disse Amaral.
Com apoio do promotor público do Meio Ambiente e Urbanismo, Marcos Roberto Funari, o local também passou por limpeza, enquanto o caso aguardava uma avaliação final.
RELATÓRIO – Ainda com base no documento elaborado pela Prefeitura, foi confirmado que a fachada está comprometida, com esquadrias de madeira e vidros quebrados. As molduras de argamassa e barro estão soltas, caindo sobre a calçada. Observou-se ainda que a estrutura do imóvel feita em madeira está danificada por ação do fogo. Além disso, a fachada está sustentada por escoras de madeira, sendo que ventos fortes podem arremessar a estrutura sobre veículos e transeuntes. Existe ainda no local muito entulho e recipientes com água parada, entre outras constatações que colocam em risco a segurança da população. O laudo exige que a estrutura existente seja demolida com urgência.
SOLUÇÃO – O vereador Marquinho Amaral aguarda, após o laudo conclusivo emitido e divulgado pela Secretaria de Obras, uma alteração na Lei Municipal que proíbe a demolição das ruínas dos citados imóveis. “Para isso, o prefeito Paulo Altomani precisa enviar um projeto de lei à Câmara, alterando o parágrafo que caracterizou esses imóveis como de interesse histórico”, aponta o presidente do Legislativo.