Servidores Municipais que trabalham na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Vila Prado, estão insatisfeitos com as condições de trabalho, em especial com a falta de pessoal para atender as centenas de pacientes que buscam a unidade diariamente. No sábado (21), havia profissionais em quantidade insuficiente para atender a população.
Nesta segunda-feira (23) a situação não mudou, na parte da manhã havia apenas quatro técnicos em enfermagem e duas enfermeiras atendendo a população. O quadro reduzido de técnicos é uma das causas na demora ao atendimento, já que não há servidores suficientes para atender a demanda. Cansados dessa situação os servidores da UPA, denunciaram a situação ao Sindspam.
O presidente do sindicato Adail Alves de Toledo, esteve na UPA Vila Prado no sábado e nesta segunda-feira, acompanhando o drama desses servidores. "Antes de inaugurar a UPA da Santa Felícia, o quadro de servidores aqui da UPA Vila Prado era de 11 técnicos em enfermagem e duas enfermeiras, naquela época esse número já era insuficiente, tanto é que o Corem (Conselho Regional de Enfermagem) foi comunicado a respeito. O que a administração fez, ao invés de aumentar o número de funcionários, ele dividiu o que tinha na Vila Prado para ir para a Santa Felícia. Ficaram sete técnicos e duas enfermeiras aqui para a Vila Prado, esse número é ainda mais reduzido do que tínhamos antes de inaugurar a UPA – Santa Felícia", explicou Adail.
Horas extras não pagas - Nas duas fiscalizações realizadas pelo sindicato na UPA, foi constatado que os servidores estão cansados de tanto esperar a solução para este grave problema. Para piorar ainda mais a situação, vários servidores reclamaram da falta de pagamento das horas extras. "Constatamos alguns casos onde a profissional está sem receber hora extra desde outubro do ano passado, a Prefeitura deve para uma delas, 25 plantões e até agora não resolveu pagar. Isso é um absurdo e uma falta de respeito com o servidor. Na Santa Felícia, verificamos uma situação que na falta de profissionais, tinha uma enfermeira que estava trabalhando mais de 24 horas seguidas. Não podemos e não iremos permitir isso".
Providências – De dentro da UPA Vila Prado, Adail manteve contato telefônico com o secretário municipal da Saúde, Marcus Petrilli expondo a situação verificada e pediu providências imediatas para que tal problema seja resolvido o mais breve possível. "O secretário já sabe que a situação da UPA Vila Prado esta delicada, se nenhuma providência for tomada ainda esta semana, iremos levar o problema a conhecimento do Ministério Público do Trabalho. Do que jeito que está não pode ficar", finalizou Adail.