O secretário municipal de Saúde, Marcus Petrilli e o vereador Ditinho Matheus, realizaram na manhã desta segunda-feira (26), uma visita ao Centro de Equoterapia  “Professor Victorino Machado”, em Rio Claro. Secretário e vereador conheceram o modelo de atendimento similar ao serviço que poderá ser incorporado à rede de saúde de São Carlos, com a implantação da Rede de Reabilitação Lucy Montoro.
 
A coordenadora do Centro, Miriam Oliveira Batista, explicou a estrutura de funcionamento do projeto social criado em 1997 para atender pessoas portadoras de deficiência ou com necessidades no Clube de Cavaleiros, sediado na Floresta Edmundo Navarro de Andrade (Horto Florestal). Reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina, a Equoterapia utiliza o cavalo dentro de uma abordagem interdisciplinar aplicada nas áreas de saúde, educação e equitação na busca do desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência ou necessidades especiais.
 
O secretário Marcus Petrilli afirmou que com a vinda de uma unidade da Rede Lucy Montoro, São Carlos caminha para fortalecer a reabilitação de pacientes do município e, nessa perspectiva, destacou a importância da equoterapia. “Em princípio, pretendemos que o projeto seja mais uma unidade das especialidades do município para receber pacientes referenciados do SUS e fazer a integração com todo o sistema, oferecendo um tratamento alternativo de reabilitação para os nossos pacientes”.
 
Petrilli ressaltou que a união entre Executivo e Legislativo é fundamental para se construir políticas de saúde sólidas no Município e destacou o sistema completo de atendimento em equoterapia visitado em Rio Claro. “Importante aprender com as experiências dos municípios vizinhos e construir a nossa política própria”,destacou Petrilli.
 
Ditinho Matheus informou que em seu mandato busca contribuir para a implantação de serviços para melhoria da qualidade de vida das pessoas idosas  e com necessidades especiais: “Fiquei sabendo das atividades do Centro de Equoterapia de Rio Claro, busquei informações e agendar a visita depois de procurar o prefeito Paulo Altomani e verificar seu interesse em apoiar a realização de projeto semelhante na rede pública em São Carlos”, afirmou.
 
O vereador disse que, diante da impossibilidade legal de ter a iniciativa do projeto, apresentou indicação que foi muito bem recebida pelo prefeito e pelo secretário Marcos Petrilli. Em Rio Claro, enalteceu a seriedade do trabalho em equoterapia e disse que existe a possibilidade de implantar um programa desse porte em curto prazo em São Carlos com assessoria de profissionais que já desenvolvem esse trabalho de forma competente.
 
O Centro de Equoterapia “Professor Victorino Machado” segue normas da Associação Nacional de Equoterapia, à qual é filiado. Atualmente atende 60 pacientes com idade acima de 3 anos, de Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis e Limeira, utilizando estrutura e oito animais do Clube dos Cavaleiros, o Centro conta com 5 profissionais prestadores de serviço, um profissional voluntário.
 
Os praticantes em sua maioria portadores de paralisia cerebral, autismo e síndrome de down, participam de sessões às segundas feiras das 8 às 12h e às sextas-feiras em dois períodos, das 8h às 12h e das 14h às 18h. O Centro conta com os serviços de sete auxiliares guias, meninos e meninas de baixa renda que conduzem cavalos no horário de atendimento – inverso ao período escolar – e em contrapartida recebem cesta básica e aula de equitação.
 
A manutenção do Centro é feita por meio de doações voluntárias de famílias de praticantes, de padrinhos (pessoas de Rio Claro que conhecem o projeto e apoiam), de empresas parceiras e promoções de eventos beneficentes, além de convênios com universidades como a Unip, faculdades Claretianas e Asser.
 
O atendimento é desenvolvido por profissionais nas áreas de psicologia, fisioterapia, fonoaudiologia e equitador, que avaliam que o trabalho alcança resultados mais rápidos que o tratamento convencional em consultório. “O contato com o animal e com o meio em local aberto propicia muito  a evolução do paciente, que tem mais motivação para o tratamento”, avalia a psicóloga Vaniele Foresti, que participa da equipe multidisciplinar do Centro de Equoterapia em Rio Claro.