Na última sexta-feira (29), a UNICEP realizou o 9º Simpósio “O Sol nasceu para todos – Uma abordagem multidisciplinar sobre pessoas com deficiência e a sociedade”, uma parceria da instituição com a Prefeitura Municipal e o São Carlos Clube. O principal objetivo do evento, que durante o transcorrer do dia, contou com palestras proferidas por profissionais renomados, foi de transformar o olhar das pessoas para o deficiente.
Para o organizador do evento e docente da UNICEP, Hilário Domingues Neto, ver os depoimentos daqueles que têm pela frente o desafio de superar deficiências das mais diversas ordens, traz para o ser humano a necessidade de uma reflexão permanente e o quanto podemos ser instrumentos de facilitação para a superação, ainda que parcial, desses desafios. “Portanto, sem a mínima dúvida, podemos afirmar que o trabalho voluntário, que está sendo feito por esta equipe de professores e funcionários da UNICEP, vem de encontro com a necessidade de esclarecimento social sobre a diversidade,e tudo isso só faz sentido quando, em uma instituição de ensino, o conhecimento é o agente motor do desenvolvimento social”, disse o professor, reforçando que o Simpósio cumpriu o seu papel fundamental de levar a luz do conhecimento nos lugares menos iluminados pelo saber.
Expondo o seu talento no Simpósio, a pintora Daniela Caburro , tetraplégica, já é conhecida pelo ramo da arte, por impressionar com suas telas, pintadas com a boca. “É uma honra muito grande poder expor, hoje no Simpósio, o como realizo o meu trabalho e mostrar para todos os presentes que os deficientes são capazes de tudo, e que só precisam de oportunidade e incentivo”, explicou a talentosa Daniela que já foi tema de um livro,”Menina de Arte”, escrito pela jornalista Hebe Rios, que conta um pouco da sua história de superação. Essa obra já esteve à venda na Biblioteca da UNICEP, junto a diversos outros títulos da editora EdUFSCar, com o tema sobre deficiência.
Nas palestras, também participaram pessoas com deficiência que puderam expor os seus reais problemas vividos na sociedade. “A sociedade como um todo, ainda não se conscientizou de como podem ser as ações de inserção social no amplo quadro da diversidade. Mas, aqueles que conosco participaram nessa jornada, fundamentada num debate sobre as diversas possibilidades de ações proativas no sentido de ampliar a consciência social sobre a questão da acessibilidade, certamente têm consciência dessa necessidade”, disse Hilário.