A vereadora Laíde Simões (PMDB) - foto - apresentou moção de apoio ao Coletivo do Cerrado que desde 2007 luta para proteger a área desse bioma existente no campus da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e propõe que a instituição se comprometa com a construção de um plano de mobilidade que seja sustentável.
A moção, aprovada pela Câmara, faz referência ao Termo de Ajustamento de Conduta firmado recentemente pela Fundação Universidade Federal de São Carlos (FUFSCar) com o Ministério Público Federal (MPF) para a construção de uma via que liga o campus ao Instituto Federal de São Paulo (FSP) em uma área de vegetação nativa de cerrado.
O instrumento firmado prevê medidas para diminuir o impacto ambiental sobre as passagens de fauna e, como forma de compensação da área a ser desmatada, estabelece a obrigatoriedade de recomposição de uma parte do cerrado.
O Coletivo Cerrado defende a proteção da área que mantém enorme diversidade de espécies e nascentes de rios e ingressou com duas ações judiciais (em andamento) arguindo que não pode haver qualquer interferência no cerrado. Em 2014 a Cetesb aprovou a construção da via de 900 metros de extensão, porém a licença para o desmatamento foi suspensa por meio de medida liminar concedida no final daquele ano.
No entender da vereadora Laíde, “paira justificado temor de que a compensação ambiental prevista não seja suficiente para a proteção da fauna após a construção da estrada, o que constituirá dano irreversível ao bioma cerrado que precisa ser preservado”. A moção foi endereçada à Fundação Universidade Federal de São Carlos (FUFSCar) e Ministério Público Federal (MPF) com apelo para que sejam buscadas soluções alternativas e sustentáveis para a mobilidade na área.