Mais de 1600 alunos do ensino médio de diferentes cidades da região conheceram melhor os cursos e infraestrutura da USP em São Calos durante visita monitorada no último dia 1º de abril.

Possibilitar que os alunos conheçam a diversidade dos cursos oferecidos por uma das melhores universidades do país e se sintam ainda mais motivados a fazer parte deste ambiente. Essa foi a definição dada pela professora Rosana de Oliveira, de um colégio de Catanduva, para a visita monitorada que reuniu mais de 1600 jovens neste dia 1º de abril na USP em São Carlos.

Este ano, a abertura da visita monitorada foi realizada conjuntamente pelas cinco unidades do Campus no Salão de Eventos – pela manhã, a atividade começou às 9 horas e, à tarde, às 14 horas. Na ocasião, a professora Solange Rezende, integrante do Grupo Coordenador de Cultura e Extensão do Campus e presidente da Comissão de Cultura e Extensão do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC), apresentou informações sobre a infraestrutura do Campus, as formas de apoio à permanência estudantil e as oportunidades acadêmicas.

Além disso, Solange destacou bons motivos para se morar em São Carlos, que é “conhecida como a capital da tecnologia, tem o maior número de doutores por habitante da América Latina (um para cada cento e oitenta pessoas) e conta com um elevado IDH (Índice de Desenvolvimento Humano): o décimo quarto do Estado”.

Após a abertura, os estudantes do ensino médio foram convidados a participar das atividades realizadas por cada unidade e puderam conhecer melhor os 23 cursos de graduação oferecidos pelo ICMC, pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), pelo Instituto de Física de São Carlos (IFSC), pelo Instituto de Química de São Carlos (IQSC) e pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU), a lém das atividades de extensão do Centro de Divulgação Científica e Cultural (CDCC), do Teatro da USP (TUSP) e do Centro Cultural.

No CDCC, os alunos se divertiram em espaços como o Jardim da Percepção, museu interativo de Ciências onde tiveram contato com a vegetação do cerrado e ilusões de óptica produzidas pela Casa Maluca, e o Espaço da Física, que mostra exemplos práticos de fenômenos estudados em sala de aula.

Rebeca Ernandes, 15 anos, de uma escola de Araraquara, optou por conhecer o IQSC, onde participou também de experimentos práticos da área. “Estou ainda decidindo qual curso pretendo fazer, mas me sinto inclinada para a Química e acredito que uma visita como essa pode contribuir para minha decisão”.

No IFSC, os alunos tiveram a oportunidade de conhecer algumas salas de aula e a biblioteca do Instituto. Finalizado o tour, os estudantes se dirigiram ao auditório "Professor Sérgio Mascarenhas", onde foram recepcionados pelo diretor do IFSC, Tito José Bonagamba, que deu as boas-vindas aos participantes. Na sequência, foi a v ez do docente do IFSC, João Renato Carvalho Muniz ministrar a palestra A física no mercado de trabalho, que foi seguida pelo Show da Física, realizado pelo educador Herbert Alexandre João e pelo funcionário Cláudio Boense Bretas.

No IAU, os alunos ficaram bastante empolgados em conhecer alguns dos laboratórios, entre eles o local onde são feitas as maquetes do curso, bem como projetos desenvolvidos na área de Arquitetura e Urbanismo.

Os departamentos da EESC disponibilizaram o acesso aos ambientes internos para os alunos, um exemplo foi o Departamento de Engenharia Elétrica e de Computação que deixou o laboratório de ensino aberto para a visitação com professores apresentando o básico de alguns experimentos desempenhados em aulas.

Os estudantes Gabriel Boreli Guedes e Guilherme da Mota Boldin, ambos de 16 anos e de Taquaritinga, estiveram pela primeira vez na EESC e avaliaram a visita como interessante e informativa. “Achei legal a conversa com um dos coordenadores que apresentou a amplitude do mercado de trabalho na área de engenharia civil e as muitas oportunidades para o profissional atuar. Por isso faz o curso ser um dos mais concorridos”, comentou Boldin.

O aluno de Franca, Leonardo Bordine Novato Dias, de 17 anos está no terceiro ano do ensino médio e ficou entusiasmado ao conhecer a equipe EESC USP Baja. “Eu já tenho interesse pela engenharia, mas estava em dúvida de qual área seguir, agora estou decidido pela Engenharia Mecânica”, afirmou o estudante.

O professor Eduardo Nobuhiro Asada, integrante da Comissão de Cultura e Extensão da EESC, afirmou que há “um indicador bastante importante que mostra que as edições em que o evento recebeu maior número de alunos refletiram diretamente no número de candidatos que se inscrevam no vestibular. Já constatamos essa correlação”.

Quando os jovens chegarem ao auditório Fernão Stella de Rodrigues Germano, no ICMC, receberam o guia Faça parte do futuro (disponível online em PDF e no ISSUU), desenvolvido especialmente para esclarecer as possíveis dúvidas dos vestibulandos. Depois, assistiram a uma palestra sobre os cursos oferecidos pelo Instituto, seguida por uma edição especial do Seminário de Coisas Legais, evento tradicional que trata do universo curioso da matemática. Desta vez, a edição especial do evento f oi pensada para combinar com a inusitada data em que aconteceu a visita monitorada: 1º de abril.

Aproveitando a oportunidade, o professor Leandro Aurichi apresentou aos estudantes uma série de problemas matemáticos que parecem mentira, mas não são. Entre eles está o divertido e famoso problema do sofá.

Após isso, os estudantes participaram de uma mostra tecnológica e conhecerem o Museu de Computação Odelar Leite Linhares e a Biblioteca Achille Bassi. Curioso, Bruno Caravieri não perdeu a chance de se sentar no computador e programar, pela primeira vez, um robô humanoide. “Eu curso mecatrônica, aqui em São Carlos, e já tenho alguns conhecimentos sobre programação. Por isso, busquei explorar mais detalhes, queria ver o robô fazendo o que eu estava mandando”, contou Caravieri, que também cursa o terceiro ano do ensino médio.

“Eu tinha muitas dúvidas a respeito do curso que escolheria dentro da área de exatas, mas vindo aqui consegui escolher o de Ciências Exatas, que oferece tudo o que eu gosto: matemática, física, química e biologia”, disse Júlia Cobra, 16 anos, que está no terceiro ano do ensino médio em uma escola de Piracicaba. “Acho importante a oportunidade que a USP nos dá de aprofundar nossos conhecimentos sobre os cursos e entender como eles funcionam. Essa escolha será algo para o resto de nossas vidas”, finaliza Júlia.

Alunos de diferentes cidades do Estado de São Paulo e até mesmo de outros estados participaram da visita monitorada, que faz parte do Programa USP e as Profissões, coordenado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP, e foi promovida pelo Grupo Coordenador de Atividades de Cultura e Extensão do Campus da USP em São Carlos.

Texto: Suzana Xavier com a colaboração das Assessorias de Comunicação da EESC, ICMC e IFSC
Fotos: Suzana Xavier, Assessorias de Comunicação do ICMC e IFSC,
Keite Marques da Assessoria de Comunicação da EESC e Paulo Ceneviva do IAU