Se considerarmos o tremendo sucesso editorial que o livro Marley & Eu, o filme deve ser muito bem-sucedido nas bilheterias mundiais. A publicação, que se encontra há mais de 100 semanas entre as dez mais vendidas das livrarias brasileiras, é levada ao cinema sob a direção de David Frankel, já experiente no quesito “adaptações cinematográficas de best sellers” depois de O Diabo Veste Prada.
Marley & Eu é autobiográfico. Escrito por John Grogan – aqui, interpretado por Owen Wilson -, a história acompanha o autor e como sua família é formada a partir da aquisição de um cão, Marley. Quando o jornalista casa com Jennifer (Jennifer Aniston), pensa em constituir família, mas, por sugestão do melhor amigo Sebastian (Eric Dane), resolve adquirir um cachorro de estimação como uma espécie de “treino” para o que pode vir com os filhos. A questão é que o labrador logo se mostra “o pior cão do mundo”.
Marley serve como guia para que o autor conte como ele e a esposa constituíram família. É, portanto, uma história familiar, que vem a calhar nos cinemas durante as férias escolares. Por mais que o labrador esteja em destaque até no título do filme, a história não é necessariamente somente sobre ele, mas como ocorre a dinâmica dos protagonistas nesta tão complicada jornada de se formar uma família. Mas é claro que o personagem canino rouba a cena graças ao excelente trabalho de adestramento coordenado por Mark Forbes (de filmes como As Crônicas de Nárnia: Príncipe Caspian e Um Hotel Bom Pra Cachorro).
Marley & Eu é repleto de elementos capazes de conquistar imediatamente a simpatia do público: um cachorro (ou melhor, 22 deles) adorável, astros carismáticos, toques bem dosados de drama e humor. Soma-se a estes fatores o sucesso da obra literária que deu origem ao longa-metragem e temos uma fórmula eficiente de sucesso nas bilheterias, que deve dialogar muito bem com o grande público.