A ACISC (Associação Comercial e Industrial de São Carlos) está alertando os comerciantes sobre um novo golpe que vem sendo aplicado na cidade, envolvendo os cartões de crédito ou débito.
O presidente da ACISC, Alfredo Maffei Neto, explica que o golpe acontece sempre no descuido de quem opera a máquina de cartões. “É tudo uma questão de oportunismo do bandido e desatenção do comerciante ou comerciário. Daí a necessidade do cuidado redobrado no momento da conexão com a operadora”, salienta.
De acordo com Neto, o golpe é até simples de ser aplicado. Sempre quando o pagamento é através dos cartões (crédito ou débito), no momento de se digitar a senha autorizando a transferência, normalmente o comerciante ou o comerciário se vira contrário ao cliente, para que ele tenha mais privacidade ao digitar os números da senha. “É neste momento que o marginal clica em cancelar e rapidamente clica em emitir segunda via do pagamento anterior, aparecendo o comprovante errado. É tudo muito rápido”, diz o presidente da ACISC.
O assessor jurídico da entidade, Estevam Muszkat, alerta para outro detalhe importante: tanto o operador da máquina quanto o consumidor dificilmente verificam o comprovante emitido pela máquina. “Essa prática é perigosa, pois dificulta a comprovação da compra e a conferência dos dados sobre a operação de crédito ou débito”, acrescenta.
Muszkat também faz questão de afirmar que não há necessidade de constranger o consumidor, basta verificar o comprovante após a operação. “O comércio é sempre vítima de diversos golpes, como cheques clonados, notas falsas, cobranças indevidas, roubos, estelionatos, inadimplências e agora com cartões de crédito ou débito. Por esse motivo, os empresários devem treinar bem a equipe responsável pelo departamento financeiro e orientar os vendedores. É preciso muita atenção ao concluir um negócio, cumprindo uma série de protocolos preventivos”, lembrou o assessor jurídico, apontando o SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) e outros serviços preventivos que a ACISC oferece na prevenção de golpes. “A informação ainda é a melhor arma contra esse e outros tipos de golpe, aplicados constantemente no comércio”, conclui Estevam Muszkat.
