A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) ofereceu um reajuste de 7,5% para salários de até R$ 5.250 aos bancários que estão com as atividades paralisadas.
Além disso, foi apresentada proposta de aumento na Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e valorização do piso. Os representantes dos funcionários e dos banqueiros se reuniram ontem para tentar acabar com a greve que já dura 14 dias.
A última proposta dos banqueiros para reajuste salarial havia sido de 6,5% para comissões de até R$ 4.100, valor que se modificou para 7,5% para até R$5.250 de salário. Quem receber mais que isso, teria os valores incrementados por uma parcela fixa de R$ 393,75 ou pelos 4,29% da inflação. O proposto para o piso e para a PLR também foi modificado.
Em uma reunião realizada no último sábado, ficou decido reajuste de 9,82% do piso e 6,5% da PLR. O apresentado na tarde de ontem trouxe aumento para estes números. O novo piso proposto é de 16,33%, chegando a R$ 1.250 reais. Já o valor adicional na PLR passaria de R$ 2.100 para R$ 2.400, o que significa aumento de 14,28%.
As novidades foram considerados um grande avanço pelo presidente do Sindicato dos Bancários, Marcos Henriques. De acordo com ele, o término ou não da greve dependerá das questões dos bancos do Brasil, do Nordeste e a Caixa, se reuniram individualmente com a Fenaban para discutir questões específicas a cada um deles. Todas as novas propostas serão analisadas em assembléia que está marcada para amanhã. Atualmente só dois bancos funcionam na Paraíba: o Itaú e o Bradesco. Eles conseguiram uma liminar para que pudessem voltar a abrir.
Os bancários estão em greve desde o dia 29. Os 3.500 profissionais reivindicavam inicialmente um reajuste salarial de 11%, uma melhoria na PRL, que passaria a ser de três salários brutos mais R$ 4 mil fixos e a valorização dos pisos, com valores requeridos variando de R$ 1.510 a R$ 4.855, de acordo com o referente cargo.
Outros pontos que devem ser discutidos é o aumento do auxílio-refeição, dacesta-alimentação e do auxílio-cheche para um salário mínimo; solicitação de previdência complementar em todos os bancos; garantias contra demissões imotivadas; fim das terceirizações e mais contratações, para que fosse amenizada a sobrecarga de trabalho e as filas.
Também faz parte da lista, a garantia de mais segurança às agências, que são vulneráveis a ação de bandidos, como afirmou Marcos Henriques.