A 21ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza começa na próxima quarta-feira, 10 de abril e seguirá até o dia 31 de maio. OMinistério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI), dividiu a campanha em duas etapas, sendo que de 10 a 19 de abril a vacina será aplicada em crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto). De 22 de abril até 31 de maio serão disponibilizadas vacinas para os idosos (60 anos ou mais), trabalhadores da saúde, professores das redes pública e privada, doentes crônicos, indígenas, pessoas privadas de liberdade, o que inclui adolescentes e jovens em medidas socioeducativas.
A composição da vacina desse ano é diferente da aplicada em 2018. “A vacina da influenza tem uma proteção de 12 meses. Se eu tomei o ano passado, a proteção está terminando agora. Eu tenho que procurar para me proteger para esse inverno. É importante lembrar que a vacina muda a composição anualmente, pois são vírus diferentes que circulam todo ano. É difícil o mesmo vírus circular novamente. Todo mundo que está nos grupos prioritários devem tomar a vacina”, explicou Kátia Spiller, enfermeira da Vigilância Epidemiológica de São Carlos.
A principal mudança em relação a 2018 é a ampliação do limite de idade no público infantil. Até o ano passado, o imunizante era aplicado apenas nas crianças de 6 meses a 5 anos incompletos. Agora, aquelas com até 6 anos incompletos podem tomar sua dose nas unidades de saúde.Nesta campanha, oportunamente, também serão disponibilizadas as demais vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para atualização da Caderneta de Vacinação da criança e da gestante, a ação busca o resgate e vacinação de não vacinados, por considerar o risco para as doenças imunopreveníveis, além das baixas coberturas vacinais neste público.
Em 2019, os agentes escalados para a vacina trivalente, disponível na rede pública, foram:A/Michigan/45/2015 (H1N1)pdm09, A/Switzerland/8060/2017 (H3N2) e B/Colorado/06/2017 (linhagem B/Victoria/2/87).
“A vacina contra gripe é segura e reduz as complicações que podem produzir casos graves da doença, internações ou, até mesmo, óbitos. Convocamos as pessoas que fazem parte dos grupos prioritários para que não deixem de procurar as unidades básicas de saúde ou unidades de saúde da família para receber a imunização”, finaliza Kátia Spiller lembrando quem estiver febril deve aguardar o sintoma desparecer para depois se vacinar.
Contraindicações- Não há nenhuma condição que proíba sua aplicação. Até indivíduos alérgicos ao ovo estão liberados para tomá-la o publicação do Ministério da Saúde. Sobre os eventos adversos, a picada pode causar, no máximo, uma pequena alergia no local de injeção.
Aquela história de que a vacina leva a um quadro de gripe é mentira. Os pedaços de vírus utilizados na fabricação estão inativados e não conseguem causar mal algum.
“Nos últimos anos, tivemos avanços que permitiram reduzir substancialmente a quantidade de ovo utilizada na produção das doses”, esclarece a imunologista Ana Karolina Marinho, coordenadora do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Com essa evolução, a probabilidade de um evento adverso alérgico ficou muito pequeno, quase nulo.