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Engenharia de Materiais da UFSCar aprova plano de modernização do curso
Elaboração envolveu vários servidores, diversas unidades e, também, discentes
UFSCar 5 de Dezembro de 2018
O curso de graduação em Engenharia de Materiais da UFSCar acaba de ser anunciado como um dos aprovados no Programa Brasil-Estados Unidos de Modernização da Educação Superior na Graduação (PMG-EUA), patrocinado pela Coordenação de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Comissão Fullbright (voltada ao intercâmbio cultural entre Brasil e Estados Unidos). Em todo o Brasil, apenas oito cursos foram selecionados pela iniciativa, cujo objetivo é apoiar a modernização do Ensino Superior brasileiro - com foco inicial nos cursos de Engenharia - promovendo aprimoramentos curriculares, de métodos de ensino e de gestão, em cooperação com instituições dos EUA. A duração do projeto é de oito anos - de 2019 a 2026 -, e a UFSCar deve receber, no total, um valor de cerca de R$2,7 milhões.
O chamado "Projeto Institucional de Modernização" (PIM) da UFSCar foi elaborado com a participação de vários servidores docentes e técnico-administrativos e, também discentes de graduação e pós-graduação. Além disso, houve o envolvimento de várias unidades, como a Divisão de Desenvolvimento Pedagógico (DiDPed) da Pró-Reitoria de Graduação (ProGrad); as secretarias gerais de Educação a Distância (SEaD) e de Relações Internacionais (SRInter); a Agência de Inovação (Ain) e a Reitoria da UFSCar. A elaboração foi coordenada pela Direção do Centro de Ciências Exatas e de Tecnologia (CCET), em conjunto com a Coordenação do Curso, exercida pelos docentes Daniel Rodrigo Leiva e Carlos Henrique Scuracchio, com a participação também dos docentes do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM). "É muito grande a nossa satisfação com mais esta conquista do curso. O mais importante é que a construção do projeto foi um trabalho coletivo, sem o qual não teríamos conseguido elaborar nossa proposta, dada sua complexidade, e que será imprescindível também para a sua implementação", registra Daniel Leiva.
Um dos aspectos centrais da proposta da UFSCar é a configuração, na estrutura curricular do curso, de duas novas "trilhas de formação": "Inovação tecnológica e empreendedorismo" e "Engenharia de Materiais computacional". Com a implementação dessas trilhas, além de se especializar em uma das ênfases atuais - em materiais metálicos, cerâmicos ou poliméricos -, o estudante poderá flexibilizar sua formação ao cursar um conjunto de disciplinas optativas integradas. "A definição das disciplinas e suas ementas levará em consideração aspectos atuais e futuros, visando uma maior integração do engenheiro formado pela UFSCar às necessidades da sociedade. Estas são demandas colocadas para o profissional em sua atuação no mercado e áreas de fronteira na Engenharia de Materiais, que poderão ser melhor contempladas com as alterações propostas", explica Leiva. Também estão previstas na proposta aprovada pela Capes a construção (ao longo dos anos de 2022 a 2025) e a implementação (em 2026) de um novo projeto pedagógico para o curso.
A Diretora do CCET, Sheyla Mara Baptista Serra, reforça a importância da participação no PIM dos departamentos de ciências básicas. "Teremos oportunidade, neste projeto, de buscar estratégias inovadoras também nas áreas de ensino de Física, Química e Matemática, que fazem parte do núcleo básico das engenharias", explica a Diretora. Além disso, outro requisito avaliado foi a possibilidade de disseminação e multiplicação das experiências do projeto para outros cursos, visando ampliar o impacto do Programa em todo o País. "Uma vez implantado o projeto de aprimoramento do curso de Engenharia de Materiais na UFSCar, vários outros cursos de graduação, principalmente as engenharias, sentirão o impacto das melhorias institucionais, além de obterem ganhos significativos com a proximidade da implantação e as experiências do PIM", complementa.
A proposta da UFSCar também prevê atividades voltadas à inovação nas práticas pedagógicas, particularmente pela exploração do potencial das chamadas metodologias ativas, a ser concretizada, por exemplo, em atividades de formação docente. Além disso, o PMG-EUA prevê a realização de missões de trabalho nos EUA e a vinda de especialistas daquele país para o Brasil. O PIM também contará com assistentes para sua implementação, bolsistas de doutorado e pós-doutorado da Capes que participarão de visitas de curta duração aos parceiros nos Estados Unidos. A cada ano, já a partir de 2019, oito bolsistas de doutorado e dois de pós-doutorado serão selecionados, por meio de editais.
Por fim, as transformações propostas na governança do curso são a criação, além do Grupo Gestor do PIM, de um Grupo Consultor formado por profissionais egressos do curso; líderes de ramos industriais nos quais a presença do engenheiro de materiais é marcante; profissionais da área de Recursos Humanos de empresas que têm contratado os profissionais formados na Universidade; estudantes atuais e docentes da UFSCar. Segundo os responsáveis pela proposta, essa estrutura de governança, que contará também com grupos de trabalho, será montada a partir de janeiro de 2019. "Todas as pessoas estão convidadas a participar e, neste momento, quero aproveitar também para agradecer e parabenizar toda a comunidade de Engenharia de Materiais da UFSCar", registra o Coordenador do curso.
A lista de cursos contemplados e mais informações sobre o PMG-EUA pode ser conferida no site da Capes. Além das missões de trabalho e do apoio aos intercâmbios, o financiamento inclui recursos de manutenção (como aquisição de softwares, material bibliográfico e de laboratório, dentre outros) no valor de R$180 mil e também verba de capital, no valor de cerca de R$80 mil por projeto.