O trabalho foi feito em São Carlos e agora segue para Catanduva
O programa “Escola que Protege” desenvolvido pelo Laboratório de Análise e Prevenção à Violência (Laprev), em parceria com o Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), vai capacitar professores para identificar e ajudar crianças vítimas de abuso sexual.
A ação é necessária porque, de acordo com o laboratório, o número de casos de violência identificados por professores ainda é muito baixo. O principal problema é a deficiência em reconhecer os sinais que as crianças dão quando são vítimas de agressão ou abuso.
“Eles vão aprender sobre a violência contra a criança, em que consiste, quais as modalidades, o que pode ser feito e o que a lei determina que o professor faça”, afirma Lucia Willians, coordenadora do Laprev.
O trabalho já foi feito na rede municipal de São Carlos e agora a experiência será levada para Catanduva, onde recentemente foi confirmado que 40 crianças e adolescentes foram vítimas de abuso sexual.
Outro profissional preparado para fazer parte desta rede de combate à violência é o médico. A pediatra Carla Maria Borges de Paula tem experiência de 10 anos na área e afirma que os casos de violência contra as crianças estão aumentando. Sempre que desconfiam de algum tipo de mau trato, eles têm a obrigação de alertar.
“A gente encaminha para o conselho tutelar e em alguns casos para o IML quando é preciso fazer corpo de delito e quando há desconfiança de abuso sexual”.
O laboratório desenvolve programas com mulheres vítimas de agressões, com os parceiros delas e com crianças. O trabalho do Laprev de prevenção à violência na família foi premiado este mês pela organização pan-americana de saúde e ficou em 1º lugar entre 44 projetos de 19 países.