Os Metalúrgicos de São Carlos rejeitaram em assembleia realizada no domingo (18/09) na sede do Sindicato, a proposta apresentada pelos patrões referente à campanha Salarial 2016. Na oportunidade os trabalhadores de toda a base, repudiaram as dificuldades nas negociações junto as bancadas patronais e encaminham não abrir mão da pauta de reivindicações.
Nas negociações da Campanha Salarial com a bancada patronal, a FEM-CUT/SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da CUT/SP) que é interlocutora dos trabalhadores nas negociações da campanha em todo o Estado, já havia rejeitado as propostas econômicas feita pelos patrões, que não chegam nem a 9,62% de inflação que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acumulado no período de 1 de setembro de 2015 à 31 de agosto de 2016.
As rodadas de negociações que acontecem entre FEM-CUT/SP e as bancadas patronais são realizadas em São Paulo e divididas por grupos. O Grupo 2 (Máquinas e Eletrônicos) apresentou a proposta de 4,5% de reajuste em outubro e mais 3% em Abril. Na base dos Metalúrgicos de São Carlos fazem parte do Grupo 2 as empresas Tecumseh e Electrolux, entre outras. O Grupo 3 (Autopeças, Forjaria e Parafusos), apresentou a proposta de 6% de reajuste, a Estamparia um reajuste de 8,15% e o Grupo 8 (Trefilação, laminação de metais ferrosos, refrigeração, equipamentos ferroviários, esquadrias, construções metálicas, artefatos de ferro, rodoviários entre outros) não apresentou nenhuma proposta.
Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Carlos, Erick Silva, as propostas apresentadas pelos patrões estão longe do que a categoria anseia. “Não vamos aceitar reajuste abaixo da inflação e redução de salários, entendemos que não vamos pagar o pato pela crise. Desta forma, vamos intensificar a mobilização em toda a base, pois somente unidos chegaremos ao final de uma data-base com avanços”, explicou Erick Silva.
Trabalhadores aprovam aviso de greve
Na mesma assembleia, os trabalhadores aprovaram por unanimidade o encaminhamento do Aviso de Greve pela Federação aos setores patronais.
Durante a semana os trabalhadores vão intensificar as mobilizações. A data-base metalúrgica é 1º de setembro e estão em campanha no Estado de São Paulo cerca de 200 mil trabalhadores na base pela FEM-CUT/SP.