Pesquisa busca voluntárias para avaliar a força do assoalho pélvico
Avaliações acontecem em Laboratório da UFSCar
UFSCar 31 de Agosto de 2018
Um estudo realizado no Laboratório de Pesquisa em Saúde da Mulher da UFSCar tem por objetivo avaliar e comparar técnicas utilizadas para examinar a força da musculatura do assoalho pélvico. Para realizar a pesquisa, estão sendo convidadas mulheres, que passarão por avaliação gratuita e, se necessário, serão encaminhadas para tratamento na própria Universidade.
O estudo "Confiabilidade e validade da palpação vaginal em diferentes faixas etárias" é desenvolvido pela mestranda Jordana Barbosa da Silva, sob orientação de Patricia Driusso, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da UFSCar. De acordo com a pesquisadora, a fraqueza da musculatura do assoalho pélvico pode levar ao aparecimento de disfunções como incontinência urinária e fecal, prolapso de órgãos e disfunções sexuais. Silva explica que, no decorrer dos anos, os músculos do assoalho pélvico ficam mais fracos e diversos fatores podem influenciar esse quadro, como gestações, medicamentos, tabagismo, entre outros. Além disso, a mestranda aponta que há estudos que mostram que mulheres jovens já podem apresentar um grau de força de contração baixo e também há casos de muitas mulheres que não sabem como contrair a musculatura adequadamente.
"Os exercícios para o assoalho pélvico são os primeiros a serem indicados no tratamento dessas disfunções, mas é preciso que a mulher passe por uma avaliação com um fisioterapeuta para que receba o programa de exercícios adequado", defende Jordana da Silva.
Segundo ela, o atual trabalho busca identificar a confiabilidade do método mais utilizado nas clínicas e na prática científica para avaliação da função do assoalho pélvico - a palpação vaginal. Além desse método, existe também o manômetro, um equipamento com sonda vaginal acoplada, usado para o mesmo fim. O primeiro objetivo da pesquisa é avaliar a reprodutibilidade intra e inter examinador da palpação vaginal uni digital (um dedo) e bi digital (dois dedos) na mensuração da função dos músculos do assoalho pélvico feminino. O segundo objetivo é correlacionar os valores de mensuração da contração voluntária máxima da manometria com a palpação uni e bi digital.
O diferencial é que a pesquisa pretende descrever qual tipo de palpação (uni ou bi digital) é mais recomendado e qual dessas técnicas assemelha-se à avaliação com o manômetro, descrições ainda não produzidas. "Os resultados também auxiliarão os profissionais da prática clínica e científica, visto que as recomendações descritas são a base para a realização da avaliação do assoalho pélvico", afirma Silva.
Para realizar o estudo, estão sendo convidadas mulheres, entre 18 e 80 anos, com ou sem disfunção do assoalho pélvico, com vida sexual ativa nos últimos seis meses, que não estejam grávidas e que não tenham dificuldade de locomoção. As voluntárias passarão por sessões de avaliação, realizada em dois dias distintos e, ao final, receberão os resultados dos testes e uma cartilha com orientações para exercícios domiciliares do assoalho pélvico. Caso seja identificada alguma disfunção, a participante será indicada para continuidade do acompanhamento em outros projetos de tratamento que acontecem no Laboratório e será orientada a procurar atendimento na Unidade Saúde Escola (USE) da UFSCar.
As interessadas devem entrar em contato com a pesquisadora pelos telefones (16) 3351-9577 e (41) 99715-7179 (ligações ou WhatsApp) ou pelo e-mail jordanabsilva@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 51999415.9.0000.5504).