A chuva que caiu na noite da última quinta-feira (18), 45,4 mm em menos de 60 minutos, causou mais transtornos em São Carlos. Como a chuva foi muito grande e concentrada, novamente causou alagamentos na Rotatória do Cristo, um grande volume de terra foi parar na pista do prolongamento da avenida Trabalhador São-Carlense, parte do muro do Cemitério Nossa Senhora do Carmo cedeu, além de agravar a situação do Pontilhão da Travessa 8 (rua Itália), na Vila Prado.
Durante todo o dia, equipes da Secretaria de Serviços Públicos, SAAE e Defesa Civil, com apoio dos agentes de trânsito (amarelinhos), trabalharam para amenizar os transtornos ocorridos. A equipe da Secretaria de Serviços Públicos se revezou e nas primeiras horas desta sexta-feira (19) já estava na região do cemitério removendo os tijolos e resíduos da calçada e parte da pista da avenida São Carlos após a queda do muro. No início da tarde a via foi liberada. Na parte onde o muro cedeu foram colocadas estruturas metálicas.
Uma das pistas do Pontilhão da Travessa 8 foi interditada, inclusive a passagem de pedestres. A medida de segurança foi tomada uma vez que as pedras de uma das laterais estão soltas. Equipes do SAAE fizeram a limpeza das vias do prolongamento da avenida Trabalhador São-Carlense e na região da Rotatória do Cristo.
A galeria de água pluvial que rompeu com a forte chuva da semana passada e que voltou a apresentar problema na última quarta-feira, localizada na rua Episcopal quase esquina com a rua Bento Carlos, ainda não foi refeita e o local continua interditado. “O problema é mais complexo. Vamos trocar a tubulação e concretar novamente, porém o local exige um estudo emergencial para avaliação de toda a região já que a tubulação é muito antiga em alguns trechos e precisa ser trocada urgente. Acreditamos ser necessário fazer o desvio das águas pluviais”, explicou Mariel Olmo, secretário de Serviços Públicos.
Devido aos inúmeros estragos, causando danos e prejuízos que comprometem parcialmente a capacidade de resposta do poder público, foi publicado no Diário Oficial do Município, edição 1276, de 20 de outubro de 2018, o Decreto Nº 419 declarando estado de emergência.Com o decreto de emergência, todos os órgãos municipais podem ser mobilizados para atuarem nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução, ficando dispensado processo licitatório para aquisições de produtos e serviços pelo município para fazer frente às demandas em razão dos problemas ocasionados pelas chuvas.
O volume de chuva foi alto. A média o mês de outubro é de 133 mm, porém já choveu 343 mm. “Estamos finalizando um relatório para encaminhar ao Governo do Estado, mas mesmo assim percebemos a necessidade do decreto de emergência, pois os estragos são imensos”, disse Pedro Caballero, diretor da Defesa Civil.
“Optamos pelo decreto de emergência para podermos agir com a rapidez. Dentro da legalidade, a intenção é que possamos realizar as obras necessárias. Trabalhamos na reconstrução das áreas atingidas para causar o mínimo de transtorno à população”, disse o prefeito Airton Garcia.
No momento ainda não é possível precisar o montante de recursos necessários, já que primeiro é preciso que os engenheiros do município desenvolvam os projetos para resolver em definitivo os problemas, caso da galeria rompida no centro da cidade e do Pontilhão da Travessa 8.