Reconhecido como doença crônica, o tabagismo traz diversos malefícios à saúde. Ao deixar de fumar, além de melhorar a saúde, a pessoa economiza R$2.007,50 em um ano. Em 5 anos, por exemplo, mais de R$10 mil serão poupados.
Segundo a psicóloga especialista Ivone Charran, no entanto, parar de fumar não é fácil. “Cerca de 5% dos fumantes conseguem abandonar o cigarro sozinhos, sem tratamento ou acompanhamento médico. O restante, ou 95%, precisam de ajuda especializada”, afirma.
A cada tragada em um cigarro, o indivíduo inspira mais de quatro mil substâncias. Entre elas estão a nicotina, o alcatrão, o monóxido de carbono, e mais outras 60 que são comprovadamente cancerígenas. Seus efeitos à saúde se dão tanto para os fumantes ativos quanto para os passivos, aqueles que inalam a fumaça ambiente.
O tabagismo é fator de risco para mais de 50 doenças e a maior causa de morte que poderia ser evitada. Já os fumantes passivos têm risco 30% superior de desenvolver um câncer de pulmão quando comparados aos que ficam longe da fumaça. Para o fumante passivo, o tabagismo é a terceira morte evitável.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 6 milhões de pessoa morrem em todo o mundo em decorrência do consumo de tabaco. Em 2030, a OMS estima que morrerão 8 milhões. O cigarro contém mais de 4,7 mil substâncias tóxicas e nicotina, que causa dependência física ou psíquica. Não existem níveis seguros para consumo.
Confira algumas dicas que podem ajudar quem deseja parar de fumar em cartilha feita pela Secretaria de Saúde.
Lei Antifumo
Uma estratégia para ajudar a quem quer parar de fumar pode estar fora dos corredores das clínicas. Um exemplo disso foi praticado em agosto de 2009 pelo Estado de São Paulo, quando deu um importante passo em defesa da saúde pública ao colocar em vigor a Lei Antifumo.
Com ela, ficou proibido fumar em estabelecimentos comerciais de uso coletivo, como bares, restaurantes e casas noturnas, sujeito à multa para os interventores.
Pedro Nogueira, que frequenta bares e casas noturnas, relata as mudanças. “Melhorou muito os ambientes fechados após a criação da Lei. No passado, tinha locais que eu deixava de ir por conta do excesso de fumantes que iam lá e não respeitavam o ambiente”, diz.