Pesquisa avalia rigidez arterial em portadores de diabetes
Atividades serão desenvolvidas em laboratório do Depto. de Fisioterapia da UFSCar
UFSCar 13 de Dezembro de 2018
Uma pesquisa realizada no Laboratório de Fisioterapia Cardiopulmonar (Lacap) da UFSCar tem por objetivo avaliar a saúde das artérias de indivíduos diagnosticados com diabetes tipo 2, que tenham entre 40 e 60 anos de idade. O estudo é conduzido pela doutoranda Clara Monteiro, no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da Universidade, sob orientação de Renata Gonçalves Medes, docente do Departamento de Fisioterapia (DFisio) da Instituição.
A diabetes tipo 2 é um distúrbio metabólico caracterizado pelo elevado nível de glicose no sangue, resistência à insulina e relativa falta de insulina no organismo. Os sintomas mais comuns são sede excessiva, micção frequente e perda de peso, mas outros sinais também podem aparecer, como fome excessiva, fadiga e feridas que não cicatrizam. Entre as complicações a longo prazo relacionadas aos níveis elevados de glicose estão doenças cardiovasculares, acidentes vasculares cerebrais, retinopatia diabética que pode causar cegueira, insuficiência renal e má circulação de sangue nos membros inferiores. A diabetes tipo 2 também leva à uma alteração na estrutura vascular e no sistema nervoso autonômico, prejudicando o controle da frequência cardíaca e da pressão arterial de forma sistêmica.
Na tentativa de avaliar estratégias que possam minimizar os efeitos da doença na saúde das artérias, a atual pesquisa propõe um treinamento aeróbio com intensidade específica voltado a diabéticos do tipo 2, para avaliar qual a influência desse protocolo na rigidez arterial dessa população. "Há maior propensão de rigidez das artérias em indivíduos com diabetes tipo 2 e o treinamento proposto pode se mostrar uma importante estratégia para reduzir essa complicação", diz Clara Monteiro.
De acordo com a pesquisadora, caso seja comprovada a eficácia do treinamento, ele poderá passar a ser prescrito aos pacientes, com base em evidências científicas, melhorando a saúde e a qualidade de vida das pessoas acometidas com o diabetes tipo 2.
Para desenvolver a pesquisa estão sendo convidados voluntários, homens ou mulheres, que tenham entre 40 e 60 anos de idade, com diagnóstico de diabetes tipo 2. Os participantes passarão por treinamentos físicos durante 12 semanas, além de exames clínicos e laboratoriais. Os interessados em participar podem entrar em contato com a equipe até dezembro de 2019, pelo telefone (16) 98833-3041 ou pelo e-mail diabetes.fat@gmail.com. Projeto aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFSCar (CAAE: 90754318.0.0000.5504).